Neste dossiê da Revista Memórias Dissidentes procuramos abordar os processos de patrimonialização, restituição, repatriação e retorno dos antepassados ​​aos seus territórios para promover a encenação de reflexões, debates, experiências. Propomos tornar as visões mais complexas e abordagens de conceitos-chave relacionados ao tema, como corpos-territórios, restituição, novo sepultamento, reparação, redignificação e outros associados. Em todo o mundo e de Durante várias décadas, foram gerados diferentes processos de devolução e enterro de corpos dos antepassados ​​aos seus territórios diante das demandas promovidas por diversos movimentos e ativismos indígenas. Na América do Sul, em particular, esta questão desenvolveu-se de forma díspares entre diferentes países, talvez motivado pela preeminência, em alguns contextos, de relações coloniais que inibem e tornam invisíveis os direitos e agências indígenas consagrados em regulamentos internacionais. Contudo, nas últimas décadas esta questão começou a ser ativado em alguns países enquanto se aprofundou em outros, sendo central em algumas agências etnopolíticas de diferentes povos que, diante da coleta e patrimonialização de seus antepassados ​​e práticas neoextrativistas nos territórios, Promovem interpelações e desafios nessas situações. Esses efeitos Também são atualizados por meio de práticas institucionalizadas e normativas que Eles reconvertem corpos em objetos de coleções, repositórios e matéria que podem ser gerenciados. e intervenção. Neste contexto, diversas organizações indígenas desenvolveram próprias propostas de pesquisa e buscar colaborações com pesquisadores não indígenas promover o retorno de ancestrais e objetos sagrados para curar os territórios de vida. Com este dossiê esperamos poder ampliar o panorama do assunto com a contribuição de novos exemplos, bem como discutir a concordância de outras variáveis ​​que se cruzam no desenvolvimento desses processos.

Eixos temáticos norteadores:

- exemplos de processos de restituição, repatriação e devolução de corpos de antepassados ​​e/ou cultura material associada.

-institucionalização, regulamentos e protocolos

-colecção e património dos corpos e da cultura material dos antepassados.

-discussões conceituais e metodológicas sobre restituição/repatriação.

-estudos de arquivo e trabalho comunitário ligados a repatriações, restituições, retornos e enterros.

-exigências e pedidos legais e éticos de reparação, redignificação e compensação territorial.

-debates e interpelações epistêmicas, ontológicas e políticas sobre escavação, exposição, estudos, intervenção, gestão, restituições ou devoluções de corpos.

-políticas de autogestão, controle e gestão indígena de ancestrais em museus, repositórios, paisagens.

-encenação de outras formas de gestão e realização de repatriamentos e enterros.