RIDAP | Red de información y discusión sobre arquelogía y patrimonio

 

O que é o RIDAP?

A REDE DE INFORMAÇÃO E DISCUSSÃO SOBRE ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO é um coletivo de análise crítica formado por pesquisadores, ativistas, indígenas, membros de organizações e movimentos sociais e grupos de trabalho interessados ​​em questionar os imaginários modernos que constroem a relação patrimônio + cultura + identidade + memória + territórios. O foco central de interesse da rede é o estudo crítico e a denúncia da produção do património ao serviço da ordem colonial-patriarcal do capital que funciona como força estruturante da realidade global.

POR QUE É NECESSÁRIO REPENSAR AS RELAÇÕES DE HERANÇA + CULTURA + IDENTIDADE NA AMÉRICA DO SUL?

O extenso território sul-americano tem sido objeto de interesse de políticas neocoloniais e de processos extrativistas que utilizam o discurso patrimonial, devido à sua grande biodiversidade, mas prescrevem a compreensão de suas histórias e memórias particulares. Neste contexto, o património cultural tem sido e é um dispositivo muito eficaz para construir, sustentar, reproduzir ou transformar as lógicas geopolíticas do capitalismo contemporâneo, uma vez que é um objecto central de acordos ou disputas pela soberania dos Estados a nível internacional e intranacional. nível. -estado. O RIDAP pretende desafiar a neutralidade de disciplinas que, como a arqueologia, a antropologia, a história, a geografia e as disciplinas de gestão, conservação e restauro do património, desempenharam um papel fundamental na criação de ligações naturalizadas entre lugares e populações, a partir da produção de “ o arqueológico” e “o património” no seu duplo sentido temporal/espacial e material/imaterial. No entanto, este questionamento crítico da disciplina arqueológica, que dá nome à rede, promove também a indisciplina noutros campos de estudos conexos, fortemente comprometidos com a construção e reificação do património.Esta crítica é necessariamente indisciplinada: não procura agir a partir das disciplinas, mas contra elas. Na visão indisciplinada, a arqueologia e o património são apenas uma desculpa para facilitar o diálogo e estimular a participação. Não são lugares sólidos para falar, mas sim posições suspensas e contestadas. O posicionamento crítico da rede é também um posicionamento contra a (onto)lógica moderna e os seus efeitos nocivos. O activismo dos membros da rede traduz-se numa mobilização política que procura contribuir para a recomposição da ordem dominante, decididamente violenta, desigual e hierárquica. É por isso que a rede não liga apenas académicos: também liga activistas não académicos, povos indígenas, organizações e movimentos sociais que estão interessados, embora por outras razões, naquilo que a modernidade chama de “arqueologia” e “património”. O RIDAP também está interessado em trabalhar contra as operações epistêmicas, conceituais e políticas com as quais outras disciplinas ou áreas temáticas, como a antropologia, os estudos da memória, a gestão cultural e a história do tempo presente, adotaram a retórica do patrimônio. Em suma, a nossa visão não é desenvolvida a partir da modernidade (que procuraria versões mais justas, democráticas e inclusivas do arqueológico e do património), mas a partir das suas margens. Procura mostrar mundos diferentes, e não versões diferentes de um mesmo mundo QUAIS OS OBJETIVOS DO RIDAP pretende: Articular uma rede de informação e discussão crítica sobre arqueologia e patrimônio na América do Sul, promovendo a produção coletiva de conhecimento dentro e fora da América do Sul. espaços acadêmicos. Desmantelar a concepção moderna de arqueologia e patrimônio através da consideração de alternativas ontológicas ao tempo, aos ancestrais e à vida.Contribuir para a criação de vínculos entre ativistas, acadêmicos e organizações e movimentos sociais que visam fortalecer e recompor mundos que foram impactados negativamente pelas políticas modernas. Refletir criticamente sobre o funcionamento de disciplinas ou campos temáticos como antropologia, arqueologia, estudos de memória,. a gestão cultural e a história do tempo presente, que adoptaram a retórica do património na sua lógica de investigação. Tornar-se um espaço de reflexão, diálogo e debate crítico sobre a produção do património e dos conflitos socioterritoriais numa complexa rede de relações de poder e tensões políticas nos cenários internacional, nacional e comunitário, envolvendo uma agenda variada de possibilidades de intervenção nos territórios e. modos de vida, bem como dissidências, contestações e/ou resistências sociais.

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